sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lágrimas emprestadas pela (des)ilusão

Caminhando sem rumo e sem precisar de um

O céu abre em comoção. Em sinal de companheirismo derrama sobre meu rosto as lágrimas que me faltam. Não há mais espaço para elas!
O jarro já estava enchendo, mas nunca parou...se enche então.
Medo, raiva, desilusão, incerteza, passividade e incompreensão transbordam sempre, molhando o chão em que piso e tentando me afogar. Ao horizonte a imaginação parece tanger-se à estas dando-lhes asas.
Procuro mais atento e noto que o horizonte de criatividade se sustenta abaixo, porém, ergue-se sobre mim. Acima ilusão, acima sonhos de amor e então chove e tudo recomeça....
Descubro em meio as lágrimas emprestadas, que na espera de um verdadeiro amor, talvez nunca tenha amado nenhuma mulher. Amo então o sentimento e a beleza de amar e apaixonar-se buscando, junto a isto, ilusões que alimentam causticamente as águas que molham meus pés.
 
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