sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Credor Auto-Suficiente

O ódio que vem é o ódio que te cai bem

Hoje estou sem saco! Simplesmente não tenho paciência...e nem preciso ter!
Pra que paciência quando a revolta preenche o vazio que você sentia? Pra que compreensão quando na verdade ninguém é compreensivo e o ódio resolve todas as dúvidas?
Cá entre nós amigo, é um segredinho delicioso, a educação sempre ajuda mas o sarcasmo é muito mais recompensador. Quando você percebe a sua doença da ira infectando os outros aos poucos é ótimo não é?!
Ver que você está doente, mas que o próximo começa a ficar também é sempre bom. Importar-se com os outros só conta se você se importar no quanto ele está se ferrando huhu.
Já viu o rosto de alguém desprezando intimamente algo ou alguém que o causa ódio por não poder fazer absolutamente nada? Você se deleita com o prazer de assistir o rosto contorcendo-se e a sensação de impotência fazer crescer a revolta e a raiva de alguém.
E tal ferramenta criativa é este sentimento que faz-nos esperar anos e bolar planos altamente mirabolantes apenas pelo prazer efêmero de ver o próximo cair consideravelmente em desgraça por mais que seja por poucos momentos. Agora lhe pergunto...PRA QUE QUERO CALMA, COMPREENSÃO E LUCIDEZ? Isso pode me trazer muito mais se direcionado ao lado certo, só tem um pequeno preço a se pagar, sem prazo definido para tal...sua integridade. Física, mental ou espiritual, pode até escolher qual das três você prefere mas isso não quer dizer que o ódio vai concordar sabe, ele tem vida própria...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lágrimas emprestadas pela (des)ilusão

Caminhando sem rumo e sem precisar de um

O céu abre em comoção. Em sinal de companheirismo derrama sobre meu rosto as lágrimas que me faltam. Não há mais espaço para elas!
O jarro já estava enchendo, mas nunca parou...se enche então.
Medo, raiva, desilusão, incerteza, passividade e incompreensão transbordam sempre, molhando o chão em que piso e tentando me afogar. Ao horizonte a imaginação parece tanger-se à estas dando-lhes asas.
Procuro mais atento e noto que o horizonte de criatividade se sustenta abaixo, porém, ergue-se sobre mim. Acima ilusão, acima sonhos de amor e então chove e tudo recomeça....
Descubro em meio as lágrimas emprestadas, que na espera de um verdadeiro amor, talvez nunca tenha amado nenhuma mulher. Amo então o sentimento e a beleza de amar e apaixonar-se buscando, junto a isto, ilusões que alimentam causticamente as águas que molham meus pés.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Perdido e em você

O amor é fogo que arde sem se ver...assim como os corpos no colchão

Andando pelas ruas e cruzando a tênue linha entre a sanidade e o caos que se organiza em minha mente me pergunto com frequência qual o segredo ou o sentido pra viver a vida...ao menos a vida do jeito que vivo! Por não conhecer e entender meus reais e mais profundos sentimentos e pensamentos eu passo a duvidar e a experimentar. Quebro a cara de forma ignóbil, blasfemo infâmias, perco-me nos meus sentidos distraido no interior duma cidade que me parece familiarmente estranha.
Acordo em mim com mais um som impaciente dum carro qualquer sem procedência nem desinência de histórico. Ele apenas quer passar, não acresce e nem decresce em minha história ou na de qualquer um, exceto talvez à do seu dono e motorista.
Atravesso a rua e chego em tua casa, teu quarto, tua cama. Deitado observo o teto que outro dia olhava sem imaginar nada, só sentindo teu cheiro e tua cabeça em meu peito. Os lençóis ainda guardam o teu cheiro mas não sinto a leve pressão de tua cabeça sobre mim. Pensando em como é inútil imaginar o que poderia ser e o que foi eu me perco novamente em ilusões e nelas você entra pelo quarto. Despida de toda roupa, mágoas, ego e orgulho você se atira em cima de mim. Me beija com calor e diz que me ama. Sinto o cheiro de tua pele macia, teus cabelos caídos sobre mim, o sabor de sua boca e seu corpo cheio de luxúria. Consigo ver com clareza seus olhos me olhando com desejo e me tragando com impetuosidade, ouvir sua voz que me pede pra ficar mesmo quando não posso e que geme ao meu ouvido, teu busto perfeito onde por vezes descanso minha cabeça ou me deleito de prazer, tuas maravilhosas coxas quentes e fontes de prazer arrebatador onde passeio sem vergonha alguma e que não posso recusar nunca!
O carro lá fora, na rua continua a fazer barulho mas já não é mais o suficiente para me tirar do meu transe misto de esperança, nostalgia e excitação...

terça-feira, 27 de abril de 2010

O show que não tem fim nem se da por mim

ha...ha...ha...e a euforia ria na minha cara por saber que não seria minha

Sou então o palhaço duma peça sem graça e sem vida. Onde o texto é proclamado pelos espectadores e eu apenas fico parado...queimo à luz do refletor e engulo então a saliva que já me engasga de tão venenosa e árida. Transpiro o fedor do medo e angústia ao invés do suor normal. As pessoas não notam a peça, apenas o texto! Não vêem os atores, apenas a maquiagem do palhaço, borrada pelo medo e angústia transpirados e pela dura e esmagadora luz do holofote. Mas ninguém quer mais saber porque a maquiagem está borrada. Ela apenas está! Eu apenas estou...faminto pelo desejo de movimentar-me, sorrir, correr sem ter destino correto, apenas viver. Mas a peça me impede te tirar a máscara, a minha e a das pessoas. É horrível ver tantos rostos artificais e ver que tais rostos me forçam a usar estes apetrechos inúteis e que dão trabalho para serem acoplados e mais trabalho ainda para serem tirados. Decepados! Após tanto tempo vestido com tantas coisas ruins acabo esquecendo por vez ou outra que não sou assim e, tal qual uma simbiose, torna-se difícil retirar isso de mim. Ficam vícios do palco, do show, mas não ficam os espectadores no momento em que a maquiagem não quer desgrudar de minha face, que começa a se corroer. Só me acompanham os textos, os malditos e agressivos textos. Frases de vanguarda, palavras de ação, cenas de impacto, momentos de invasão...imagens distorcidas são as que ficam, desconexas. E no fim as palavras as acompanham na minha mente, fazendo me lembrar que o show parece não ter fim e que continua a cada dia, por mais que eu não esteja sendo um bom ator e que a peça esteja sem diretor...prendo-me então na esperança de que a turnê já está para acabar, logo vai terminar, apenas mais um tempinho e irá acabar e eu só terei que me deixar levar pela peça. É isso mesmo que deveria fazer? Acho que não mas no momento palhaços não sorriem mais e os sábios já não sabem demais e não há travesseiros para recostar minha cabeça atormentada por fantasmas, então sigo em frente do jeito que der certo, perdido no vazio e encontrado pelos holofotes...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

LOKI

Loki e Sleipnir

Loki era tido como o deus da trapaça e do fogo. Sempre emaranhado em tramóias e brincadeiras de muito mal gosto contra os deuses apenas por prazer, diz-se que conseguiu essa posição por ter sido tomado como irmão adotivo de Odin. Loki era descendente de gigantes, apesar de não ser citado em nenhuma literatura os nomes de seus pais. É descrito como um deus belo mas possui capacidade de mudar de forma de acordo com sua vontade, transformando-se em vários seres diferentes como animais, gigantes e até outras pessoas nas histórias em que faz-se presente. Loki, diferente da maioria dos deuses, não possuía nenhum item em especial, mas se destacava pela sua astúcia!
Loki fazia parte de um importante elo de representação presente nas mitologias. Ele representava o trapaceiro, o que desconstruía, o equilíbrio através do caos. Uma representação, de certa forma, verdadeira na vida real já que é formada por altos e baixos e nunca toma uma direção retilínea.
Em várias das histórias mais famosas em que aparece ele sempre dá um jeito de compensar ou corrigir seus erros perante os deuses, o que poderia simbolizar claramente uma desestabilização necessária para manter a ordem das coisas.
Loki teve quatro filhos, três deles gigantes, que herdaram a capacidade do pai de mudar de forma mas mudaram para suas formas conhecidas ao nascer por uma pré-determinação para assumir seus postos no ragnarok. Hel, a deusa da morte, era filha de Loki e da giganta Angrboda. Os outros filhos eram Fenris, Lormungand (a serpente Midgard) e por último Sleipnir. Ele tinha uma predileção pelo casaco de falcão de Freya (que permitia a qualquer um voar como tal), como verão nas histórias a seguir.

Filhos de Loki

Certa vez Loki cortou todo o cabelo da deusa da colheita Sif, esposa de Thor, e as plantações pararam de crescer. Thor ameaçou arrancar todos os pelos do seu corpo caso ele não arrumasse uma cabeleira loira tão bela quanto a anterior, não uma peruca, uma cabeleira de verdade! Loki não teve a quem recorrer se não aos anões. Recorreu ao mestre artesão Dvalin e este aceitou a encomenda. O anão, tendo usado de ajuda da magia, criou não só o item pedido como também a lança Gugnir que seria de Odin e o barco que viria a ser de Frey. Tendo sucesso na tarefa Loki resolveu tentar passar a perna em dois anóes incitando-lhes inveja pelos trabalhos feitos por Dvalin. Ele chegou a apostar a cabeça como nenhum anão conseguiria realizar trabalho melhor. Os irmãos Brock e Sindri aceitaram prontamente e largaram todo o trabalho acumulado para fazer presentes aos deuses que superassem os trabalhos de Dvalin, e consequentemente ganhassem a cabeça de Loki!
Sindri recitava os encantamentos rúnicos enquanto Brock manejava o fole da forja. Loki, no intuito de preservar sua cabeça àcima do pescoço, tomou a forma dum mosquito e se mantendo escondido picava Brock na tentativa de atrapalhá-los nos trabalhos. Nas duas primeiras tentativas Loki falhou pois, apesar de ter sido incomodado pela picada, Brock manteve seu trabalho e concentração originando Gullinbursti (javali voador de cerdas douradas que se tornou montaria de Freyr) e Draupnir, o anel que viria a ser de Odin. Na terceira investida, porém, Loki atacou o olho de Sindri e este levou a mão ao olho que estava sangrando. Desta interrupção surgiu Miollnir, o martelo de ouro de Thor, que teve apenas o defeito de ter seu cabo de tamanho reduzido.
Os anões foram em comitiva para terem seus presentes julgados por uma mesa de jurados compostos por Odin, Freyr e Thor. Brock e Sindri ganharam e comemoraram junto a Dvalin como boms competidores. Os anões entregaram uma espada afiadíssima a Thor para exigir o pagamento de sua aposta. Loki apelou a Odin afirmando que eles tinham direito a sua cabeça mas não a seu pescoço e que este deveria permanecer intacto. Odin não teve como negar de que era verdade e disse aos anões que decidissem a prenda que Loki pagaria. Os anões fizeram a seguinte afirmação: "Já que ele nos engambelou pela boca, que sua punição recaia também sobre ela!". Costuraram a boca de Loki com fios de cobre.

Loki surrado por Thor..de novo

Na ocasião do construtor de muros, o gigante disfarçado, Loki transformou-se em égua para atrair seu cavalo Svadilfar para uma floresta e impedir que o cavalo ajudasse na construção. O cavalo carregava pedras pesadíssimas com velocidade incrível. Muito depois da morte do gigante Loki reapareceu com um cavalo robusto de oito patas dizendo ser seu filho Sleipnir, vendo que Odin se interessou ávidamente pelo animal Loki o presenteou com o mesmo (um cavalo de oito patas não era nada para quem já tinha filhos como Fenris, Hel e Lormungand).

O construtor de muros e Svadilfar

Quando viajava com Thor à Jotunheim eles se hospedaram na casa dos velhos pais de Thialfi e comeram ensopado das duas cabras que os velhos ofereciam para Thor. Thor havia dito para porem os ossos e as peles num canto e que as cabras voltariam ao normal. Loki incitou Thialfi a chupar o tutano do osso da cabra. A cabra ressurgiu manca e Thor quase matou Thialfi e sua família, levando Thialfi como criado para compensar a perda.
Ao chegarem a jotunheim o rei, UtgardLoki (apesar do nome não há parentesco entre os dois), os desafiou na sua corte de gigantes. Loki se engajou numa competição para ver quem comia mais. Perdeu pois disputou inadvertidamente contra o fogo, que a tudo consome.

UtgardLoki, disfarçado de Skrymir, no caminho para Jotumheim

No caso do desaparecimento do Miollnir Thor pediu a Loki que fosse negociar com o gigante Tryn que havia roubado o martelo. Tendo ido até lá com o casaco de falcão de Freya, negociado e sabido que Tryn só devolveria o martelo se desposasse esta deusa, Loki convenceu Thor a se disfarçar da mesma e ele disfarçou-se de uma serva e ludibriando o gigante Thor pegou sua arma de volta.

Numa andança que fez com Odin e Honir (um deus menor do panteão nórdico) ele matou e comeu uma lontra, usando sua pele como casaco. Depois ao pedirem pousada na casa de Hreidmar, um velho anão, e descobriram que a lontra na verdade era seu filho disfarçado. Ele e seus outros filhos, Fafner e Regnir, exigiram compensação em ouro. Loki foi responsável por tirá-los da encrenca assim como os havia colocado e partiu com sua fina manta para a terra gelada dos anões para tentar conseguir a compensação. Loki, estando novamente com fome, resolveu pescar. O esfomeado deus trapaceiro, ao pegar um salmão bem gordinho para assar, descobriu o mais poderoso dos anões disfarçado. Este exigiu ser solto e Loki o fez preso ao acordo de partilhar de suas riquezas em troca de sua liberdade. Andvari o levou até sua casa, no subsolo, onde mal podiam andar em fila de tanto ouro que havia em volta. Loki escolheu o que desejava e pegou também um anel envolvido numa aura perigosamente sedutora (chamado de anel dos nibelungos na ópera de wagner).
Loki partiu com a fortuna e entregou o anel a Odin secretamente. Hreidmar se satisfizes com o ouro mas dissera que também queria o anel com um olhar de "Pensam que não os vi esconderem?".
Após a partida dos deuses o anel começou a atiçar cada vez mais a cobiçados anões. Hreidmar não queria dividir a fortuna e tentou ludibriar os filhos dizendo que o fariam mais tarde. Fafner envolvido em fúria e ganância matou seu pai num só golpe de machado e seu irmão ficou paralisado de medo. Aproveitando-se da situação Fafner fugiu com o anel e os tesouros, transformando-se num dragão, graças ao poder do anel, tempos depois. Qualquer semelhança com o anel da série de J.R.R. Tolkien "O senhor dos Anéis" é verdadeira, ele baseou-se na mitologia nórdica para criar suas histórias.

Loki certa vez estava voando com o casaco de Freya quando parou para descansar numa torre do castelo do gigante Gueirrod e foi capturado. Loki foi interrogado mas não respondeu nenhuma das perguntas e por consequência foi preso numa caixa com fome, sede e sem ver luz por 3 meses. Finalmente Loki entregou sua identidade e o gigante, alegre com a notícia disse que só o libertaria com a condição de levar Thor DESARMADO até seu castelo. Loki o fez mas o gigante e suas filhas falharam miseravelmente em matar o deus do trovão e foram mortos por este.

Loki usando o casaco de Falcão de Freya

O enganador em outra ocasião viu Freya saindo da caverna dos anões que lhe deram o Brisingamen, seu colar predileto, em troca de seus "serviços" e resolveu incitar a intriga em Asgard. É sabido que Freya, na sua condição de deusa do amor e do sexo (como Afrodite), era amante de muitos deuses e Odin era um dos seus amantes mais ciumentos e de maior frequência. Loki decidiu contar a Odin, que não ficou satisfeito nem por sua fofoca e nem por sua amante estar "andando" com anões. Odin ordenou a Loki que este desse um jeito de entrar no impenetrável castelo de Freya e roubasse o Brisingamen, já que ele havia começado a intriga. Loki foi até o palácio, que apenas a dona possuía a chave, e verificou que nem uma folha de papel passaria por baixo da porta e nem por cima então transformou-se numa formiga e passou pela fechadura.
Todo sujo de graxa, Loki seguiu para o quarto de Freya e depois de procurar muito descobriu que o colar estava no pescoço da deusa. Esta por sua vez estava deitada de costas impedindo que se pudesse ver e tocar no feixo do colar. Loki, usando de sua astúcia, transformou-se então numa pulga e seguiu pelo corpo de Freya (inclusive pelo que ele chamou de duas perfeitas montanhas) e chegando ao pescoço a picou. Freya levou a mão a ferida virando-se de lado e suspirando e Loki aproveitou a oportunidade para abrir o feixo do colar e ir embora com o item. Para seu azar Heimdall, o vigia de Asgard, o viu durante a fuga e passou a perseguí-lo. Os dois rivais se engajaram numa feroz perseguição.
Quando Heimdall aproximou-se com seu cavalo branco (que só perdia em velocidade para Sleipnir) Loki transformou-se numa grande chama. Como Heimdall conhecia esta antiga arte transformou-se numa tempestuosa nuvem escura derrubando chuva por onde passava. Loki transformou-se num urso polar e abriu a boca para beber a chuva e o vigia de Asgard mudou sua forma para um urso ainda maior e partiu para cima. Loki saltou dumas pedras próximas do mar gelado transmutando numa foca e Heimdall fez o mesmo. Depois de se ver encurralado Loki subiu num iceberg e começaram a lutar ainda como focas. Heimdall venceu por ser mais forte e Loki desistiu entregando o colar.

Numa outra andança com Odin pararam para comer, Odin o seu Hidromel e Loki um grande pedaço de carne assada, quando uma enorme águia ficou abanando suas asas e apagando as chamas da fogueira do deus trapaceiro. Loki enfureceu-se mas no fim acabou cedendo pedaços da carne para a águia, que de má vontade comeu a carne inteira. Loki foi em direção da águia com um galho fino para fustigar-lhe, porém notou algo estranho quando o galho ficou preso e a águia o arrastou pelos céus! Loki foi arrastado por entre os galhos e os espinhos das árvores, pelas águas salgadas do mar e finalmente foi içado ao ar para cozir ao sol enquanto a água revelava ser na verdade o gigante Thiassi e querer Idun, a deusa da juventude, e suas maçãs douradas responsáveis pela imortalidade dos deuses.
Loki partiu para uma das suas mais desastrosas trapaças. Ao chegar na morada de Idun esta lhe disse que ainda não estava em tempo dos deuses comerem suas maçãs, no que deus trapaceiro disse que não precisava mais delas pois havia encontrado pomar com maçãs douradas mais suculentas e rejuvenescedoras que estas. Idun não acreditou e quis verificar, Loki jubilou-se de mais uma enganação quando convenceu a deusa a levar suas maçãs para comparar com o pomar que ele afirmou ter encontrado e assim que sairam de Asgard. A águia Thiassi raptou a deusa e suas maçãs. Loki, como bom esperto não foge a regra, deu no pé imediatamente para que não recaisse sobre ele a culpa.
Loki engana Idun
Loki pôs cinzas nos cabelos e teias de aranhas no rosto simulando cabelos grisalhos e rugas. Os deuses, já muito envelhecidos, o indagaram sobre as maçãs e este disse algo sem nexo. seu disfarce foi literalmente porágua abaixo quando uma tempestade caiu. Thor, que agora usava seu martelo como bengala, ameaçou despedaçá-lo, pois que sua arma não havia envelhecido. Seu rival Heimdall disse que ou ele traria Idun e as maçãs de volta ou faria o agora velho e gagá odin lançar-lhe uma maldição rúnica. Loki sabia que era muito provável que, debilitado como estava Odin poderia não saber mais desfazer a maldição e decidiu fazer o que mandavam os deuses.
Ao chegar no esconderijo do gigante, com ajuda do casaco de falcão de Freya, Loki viu que o gigante impedia a deusa de comer as maçãs e lhe deu um dos frutos. Transformou-a numa pequena noz, com um encanamento rúnico que conseguiu obter a muito custo de Odin, e numa garra levou o cesto de maças enquanto em outra levou a deusa em forma de noz. A meio caminho Thiassi começou a perseguí-lo e o bater de suas asas era tão violento que juntou uma grande massa de nuvens escuras. Ao longe Thor, que tinha a visão um pouco melhor que a dos outros no momento, percebeu e disse aos outros que preparassem uma fogueira rápido. Assim que o falcão Loki pousou e devolveu Idun ao convívio dos deuses Thiassi aproximou-se guinchando pavorosamente. Thor levantou a muito custo o seu martelo batendo numa pedra, e provocando faíscas que acenderam a fogueira. Findou-se a águia em gritos e chamas e de seus olhos Odin fez duas estrelas lançando-os no espaço.
Mais tarde a filha de Thiassi, Skadi, chegou a Asgard exigindo compensação pela morte de seu pai. Os deuses ofereceram ouro e, apesar de dizer que era muito pouco e negar, ninguém nunca mais viu o ouro. A giganta exigiu uma compensação equivalente, a vida de um deus pela de seu pai ou a invasão de todos os gigantes de Trymheim. Loki mais uma vez entrou em ação usando de sua lábia e trapalhadas. Tal qual um bufão fazia muitas idiotices para apaziguar a raiva de Skadi, dos passos mais extravagantes de dança a um número bastante bizarro. Amarrou a parte mais inesperada e sensível de seu corpo a um bode e se deixou arrastar pelos salões. Depois de amenizar os ânimos convenceu a giganta a primeiro se casar com o deus escolhido antes de matá-lo, de acordo com Loki isso serviria para martirizar a vítima.
Skadi aceitou com a condição de poder escolher ela mesma o seu noivo. Odin temeu que ela escolhesse, como ela mesma já havia pensado, Balder. Loki intercedeu novamente sugerindo que a servissem muito hidromel, o que foi feito durante o jantar em que ela foi convidada. Depois de bêbada a giganta foi levada a uma sala para onde os deuses haviam se retirado. Lá estavam escondidos numa cortina onde apenas os pés ficavam de fora. Ela escolheu seu noivo pela beleza dos pés e se surpreendeu ao ver que era Niord e não Balder. Casou-se com ele pedindo apenas que vivesse de pés descalços e após tentativas de viver tanto nos reinos marítimos de Niord quanto em suas terras eles decidiram que cada qual viveria em sua morada e se visitariam com frequência. Mais uma vez os planos mirabolantes de Loki deram certo, dessa vez para o bem dos deuses.

A escolha de Skadi

Loki chegou a gota d'água quando provocou a morte do deus mais belo e querido por todos, Balder. Este estava tendo pesadelos sobre sua morte e, após seu pai (Odin) ter confirmado ser verdade através da profetisa Angrboda no reino de Hei retornou a Asgard levando a notícia para sua esposa. Frigga, pediu a tudo que existe que jurassem nunca fazer mal a Balder. Animais, plantas, montanhas, pedras e até mesmo os gigantes fizeram a jura. Loki com inveja desfarçou-se de velha e perguntou a esposa de Odin se não havia nada no mundo que não tivesse feito a jura. Depois de insistir e levar Frigga na conversa ele descobriu que ela não tinha tido coragem para pedir a uma planta bem inofensiva que fizesse a promessa, era o ramo de azevinho. O nefasto deus preparou uma flecha com um galho dessa inofensiva planta e sugeriu um jogo que batizou como "concurso de arremesso ao Balder".
No dia seguinte todos os deuses foram ao palácio de Balder e puseram-se a lançar coisas contra ele, sem efeito algum. Até mesmo Miollnir, o martelo de Thor não lhe causou mal algum. Loki aproximou-se sorrateiramente do deus Hoder, irmão de Balder, que estava mais afastado por ser cego incitando-o a participar da brincadeira. Disse que o ajudaria a apontar o arco e a disparar a flecha na direção do deus invulnerável. Logo depois do disparo Loki já havia sumido, Balder caido morto com a seta no coração e Hoder caido em choque quando percebeu o que fizera.
A morte de Balder
O outro irmão de Balder, Hermod (uma espécie de Hermes nórdico) foi enviado ao reino de Hei para que pudesse levar seu irmão de volta ao convívio dos deuses. Odin emprestou-lhe Sleipnir para tal. Hei, deusa do mundo dos mortos, disse-lhe que deixaria Balder retornar se todas as criaturas chorassem sua perda. Frigga acionou todos os mensageiros possíveis para que fossem aos 4 cantos do mundo. Somente uma giganta, que se descobriu posteriormente que não passava de Loki disfarçado, recusou-se a derramar uma lágrima que fosse.
Loki então fugiu para as montanhas mais distantes e construi uma casa de 4 portas para poder ver caso alguém se aproximasse e lá passava todo o dia como um salmão, nadando rio abaixo. Um dia ele achou que caso os deuses construissem uma cortina de ferro e arrastassem pelo fundo do rio poderiam pescá-lo (a rede ainda não havia sido inventada). Ele correu para casa convicto de que se ele não conseguisse confeccionar tal coisa ninguém poderia. Para seu azar ele não só a confeccionou como constatou que poderia ser pego pela rede, no exato momento em que Odin o achou de seu trono e foi em sua busca junto a Thor e Kvasir.
Loki confecciona a rede
Loki fugiu jogando a rede na lareira e transformando-se novamente em salmão pulou no rio. Odin, em toda sua sabedoria, constatou pra que deveria servir a rede e foram para o rio usá-la, com a ajuda dos outros deuses pôs a rede no rio e quando Loki saltou para escapar da rede foi pego por Thor.
Seu castigo foi ser preso numa caverna que só Odin conhecia o caminho e lá ser amarrado a 3 rochas por cordas feitas dos tendões de seu filho, Narvi, que foi morto expressamente para isso. Odin ainda pôs uma serpente àcima da cabeça do malfeitor. A serpente gotejaria de sua boca um veneno que ao tocar o rosto de Loki causaria dores indescritíveis até o fim dos tempos, enquanto sua esposa tentava aparar o máximo de veneno possível com uma cálice.
Ele permaneceria assim até o Ragnarök, quando comandaria as tropas dos gigantes e de seres malignos contra os Deuses em Asgard. Acabaria tombando num duelo contra Heimdall (que também tomba na luta).

O castigo de Loki

Assim como Thor, Loki também tem grande participação em revistas em quadrinhos como seu antagonista e dos deuses. Isso o torna um personagem um tanto popular assim como outros personagens de diversas mitologias que fazem aparições veiculadas pelas diversas faces da mídia atual.

Aparência de Loki pela Marvel

segunda-feira, 29 de março de 2010

THOR

Poderoso Thor em seu trono

Thor era o filho mais velho de Wotan(Odin) e integrante do clã dos Aesir (panteão principal dos deuses). Deus do trovão, dos trabalhos forçados e trabalhos manuais ele era o mais popular dos deuses entre os trabalhadores braçais, principalmente os ferreiros, e seus devotos costumavam levar um símbolo que representava seu martelo em forma pingente. Thor possuía o seu martelo d'ouro de batalha chamado Miollnir (confeccionado por irmãos anões durante uma competição), luvas de ferro para o manejo do martelo e um cinturão que redobrava a sua força divina. Dizia-se nas noites de tempestades, quando raios e trovões ribombavam no céu, que Thor passeava com sua carruagem, puxada por dois vigorosos bodes, pelos céus iluminando tudo. Thor também possuía um criado chamado Thialfi, este foi cedido a Thor como escravo por seus pais em troca de suas vidas por terem afrontado o deus do trovão ao deixar uma cabra que era ofertada a ele manca. Thialfi tornou-se o criado por quem Thor nutria mais afeição e era capaz de correr mais rápido que qualquer mortal. Thor aparece em muitas histórias nórdicas, como as que serão citadas em seguida.

Thor em sua carruagem

Thor era muito conhecido por sua bravua e força, inclusive entre os gigantes, e como um grande matador destes. Houve uma ocasião em que, logo após a construção de Asgard, um gigante disfarçado se ofereceu para construir o muro de proteção dos palácios em troca de Freya. Tendo sido descoberta sua verdadeira identidade Thor esmigalhou seu crânio com Miollnir.
Numa outra ocasião Thor, seu criado Thialfi e Loki estavam viajando juntos para Jotunheim (O reino dos gigantes). Thor e seus companheiros foram ludibriados por um dos senhores dos gigantes que usava de ilusões, UtgardLoki, durante desafios que lhes foram impostos nos salões dos gigantes, e até mesmo durante a sua viagem, para que fossem humilhados. UtgardLoki disfarçou-se de outro gigante e fingiu simpatia para viajar junto a eles e guardar seus mantimentos em sua mochila, tendo amarrado a mesma com arame para que os três não conseguissem desatar os nós. Thor tentou desferir-lhe golpes enquanto o gigante fingia dormir mas este usava de suas ilusões para escapar, tendo o martelo de tor aberto enormes fendas numa gigantesca montanha. Thialfi disputou uma corrida, em vão, contra o pensamento. Loki fez uma disputa de comida contra o fogo. Thor foi desafiado a beber dum gole só todo o conteúdo dum chifre o qual não se via o fim, este tinha sua outra ponta ligada ao oceano. Em seguida Thor foi desafiado a levantar um gato (que na verdade era a Serpente Midgard que dava a volta ao mundo e abocanhava sua calda) e por último foi desafiado a lutar contra uma velha senhora desdentada e descabelada (esta se tratava da velhice em pessoa). Quandos os 3 foram embora UtgardLoki os revelou a verdade e Thor furioso voltou para massacrar a todos e destruir tudo mas o castelo havia sumido.

Imagem do criado de Thor, Thialfi, na HQ da Marvel

Uma terceira ocasião envolveu o roubo do seu martelo pelo gigante Thryn, que não enxergava bem. Loki foi enviado para reaver o martelo mas o gigante disse só devolver a arma caso Freya se casasse com ele. Loki então deu idéia para que Thor se disfarçasse em Idun e ele em sua escrava. Os dois foram até o gigante e tendo Thor devorado várias travessas de carne e tomado vários barris de hidromel Loki advertiu o gigante desconfiado de que sua amada estava a 8 dias sem comer por ânsia em vê-lo. O gigante tentou roubar-lhe um beijo e estremeceu-se com um olhar furioso do deus do trovão e Loki novamente usou de astúcia ludibriando o gigante ao afirmar que aquilo era devido ao nervosismo que antecedia o momento das núpcias. Tendo acreditado, o gigante mandou que um criado pusesse o martelo sobre o colo da suposta deusa e Thor então realizou uma chacina limpando sua honra.

Olhar furioso de Thor à Thryn

Uma outra história conta que Loki foi preso no castelo do temível gigante Geirrod e para que fosse solto houve a condição de que levasse Thor desarmado ao castelo. No caminho eles encontraram uma boa gigante que forneceu armas à Thor e este matou as três filhas de Geirrod e também o próprio.

Thor e e seu martelo Miollnir

Certa vez ao voltar de viagem e encontrar o gigante Hrungnir bêbado à mesa dos deuses, a convite de Odin, enfureceu-se por ele ter tomado liberdades para com sua esposa, Sif dos cabelos dourados, e Odin intimou o gigante a um duelo com o marido ofendido. As testemunhas dos duelistas deveriam também lutar. Thiallfi derrotu um gigante de lama de 10 metros de altura que tinha coração de égua (e segundo Thialfi cérebro de asno) e Thor venceu a batalha mas quando a cabeça e a arma do gigante, feitos de pedra, foram despedaçados um estilhaço atingiu a cabeça de Thor e este caiu preso sob a perna do gigante. Depois de muitas tentativas apenas seu filho, Magni, de três anos de idade conseguiu erguer o peso de cima de seu pai. Depois de várias tentativas apenas uma bruxa conseguiu retirar o estilhaço, mas por Thor ter falado demais e ter sido indelicado sobre o marido da mesma ela colocou a pedra novamente onde lá permaneceu.

Thor enfrenta os gigantes

Uma grande ambição de Thor sempre foi derrotar, num combate feroz, a serpente Midgard (ou Serpente do Mundo, ou Lormungand como também é chamada). Uma certa vez o hidromel (bebida alcoólica doce e quente) de Asgard havia acabado e Thor e Tyr foram até a casa do pai deste, o giante Hymir, para que pudessem levar o seu grande caldeirão da bebida e produzir o suficiente para eles. Hymir relutou e os recebeu mal mas os convidou a pernoitar e convidou Thor a pescar na próxima manhã. Thor, mal humorado como acordou, esqueceu a isca e arrancou a cabeça dum boi para prender ao anzol. O gigante advertiu que não deveriam ir muito além do canal por causa da serpente do mundo mas Thor que ansiava o embate continuou e acabou fisgando-a. A serpente ao tentar se livrar do anzol enrodilhou-se em rochas e Thor acabou por furar o barco com os pés pela força que imprimia com os membros ficando apoiado na terra próxima ao rochedo. Continuaram nesse cabo de guerra e Thor puxava cada vez mais para perto de si a cabeça da serpete e quando estavam cara a cara e o deus se preparava para sacar o seu martelo o gigante Hymir partiu a corda com a machadinha que estava e a serpente fugiu. Hymir estava morrendo de medo da criatura que Thor almejava como prêmio. O deus enfurecido lançou o gigante ao mar e despedaçou o barco, voltando andando pelo fundo do mar para se acalmar. O gigante levou duas baleias que havia pescado e após comerem disse aos deuses que podiam levar o caldeirão. O traiçoeiro gigante no entanto havia convocado uma legião de gigantes para matar Thor que em toda sua fúria matou todos os gigantes.

Thor pescando Lormungand

Como não bastasse um primeiro embate, no crepúsculo dos deuses(Ragnarok), o fim do mundo e dos deuses, Thor a enfrentou e derrotou mas caiu morto por ter sido atingido pelo bafo venenoso da criatura. Morreu segurando sua amada arma a qual ninguém conseguiu tirar das mãos mortas do deus, por mais força que fizessem.
Por ser um aesir tão famoso e poderoso Thor ainda teve uma série em quadrinhos lançada pela Marvel e uma série de desenho animado. Também houveram várias aparições em outras histórias em quadrinhos, filmes e desenhos animados.

Imagem de Thor pela Marvel

quinta-feira, 18 de março de 2010

Porquê? Sim ou não?

Sabe aquele dia em que você não está nem ai pra nada? Quando nada vale mais a pena? Quando você é um lixo para todos e não tem mais serventia? O mundo inteiro está contra sua valentia! Seu orgulho, seu ardor, seu fogo e sua paixão eram apenas ilusão...aaah meu amigo confesso que queria estar num daqueles dias! Como me parecem doces as discussões frívolas com pais e irmãos em que era apontado como o vilão, mesmo quando eu tinha a razão. Todas as surras que levei e sufocos que passei. Tudo, incluindo as tentativas de suicídio me parecem agora doces lembranças. Como queria retornar àqueles dias perdendo a memória dos atuais. Achava que a dor que sentia era a maior de todo o mundo, e ao menos minha ingenuidade confirmava veementemente isso quando eu lhe perguntava: "Cara amiga, há no mundo inteiro laceração maior que a que sinto agora em meu espírito?" ao qual ela me respondia prontamente: "Claro que não pequeno ser, você sempre há de ter a dor pior e maior do mundo!" e ao dar as costas sussurrava " e assim será enquanto não conhecer este...".
Como amaldiçoo tal companheira loroteira e infiel que me abandonava a cada vez que descubro que essa frase dita com tanta certeza ao olhar nos meus olhos era a mais solúvel das mentiras! Hoje em dia ela não mente mais para mim, o mundo a pisoteou e me ordenou que desse o tiro de misericórdia. Infelizmente não pude negar tal ordem...pago hoje por este crime. Tudo o que sei depois disso é que aprendi muito sobre o mundo e que pouco sei sobre o mesmo e que mesmo depois de tudo o que sei e o que não sei, e depois de ter matado minha infâme companheira, vejo a face da dor com mais frequência, urgência e potência do que nunca. A filha da morte insiste em levar-me para sua mãe e eu ainda nego relutante-mente em conhecer tão macabra e desalmada mãe...mas tenho que confessar que a cada dia me parece mais tentador tal convite!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Papel Sem Valor


Sou desprezado completamente. Não pelo que poderia ser e nem pelo que sou mas sim pelo que pareço ser e pelo que fazem de mim. Já fui limpo, perfumado, novo e bem cuidado, velho e bem guardado porém nunca atacado. Pelo menos não com armas...
Muito viajei por terras que não conhecia, vi muitas coisas e costumes. Iluminavam o meu caminho somente os vagalumes. Hoje me julgam apenas com a visão, mas a visão é só um dos seis sentidos e só alcança o que sou por fora e agora e isso não é algo que importe...que mostre o que tenho em mim de verdade, só alcançam o que cada momento pode mostrar e o que cada pessoa tem capacidade de absorver. Sei de amores impossíveis e de guerras impedidas, fui escrita com sangue suor e letras tremidas. Riscos frios e cautelosos e letras fortes e impulsivas como rios caudalosos. Sei das angústias humanas e das crueldades desumanas. Sei de secas e enchentes, fomes e intransigentes. Então porque me julga inútil e suja, feia e desproposital? Sim, estou em branco, ou quase, as manchas de lama não me deixam mais ser visto nem como o papel amarelado que me tornei. Nem as manchas de sangue e de batom que possuo, os amassões e pequeno rasgos de fúrias que me impuseram. Vista apenas pela dimensão egoísta da visão que nos ensinam a confiar para melhor nos manipular eu sou apenas um papel imundo que mal serve como papel higiênico para mendigos. Mas eu já fiz parte duma árvore sabe? Isto você não consegue ver ou ouvir, não consegue sentir o cheiro de terra molhada que possuía a minha mãe e nem toda a sombra que fazíamos sobre os pequenos e pacatos garotos do campo que se deliciavam com as frutas e nem consegue sentir a brisa agradável que nos acariciava todas as manhãs e nem as puras gotas de água da chuva que nos banhavam ou se quer o orvalho da manhã ao nos cumprimentar. Mal conhece metade do fim da minha história, por favor já me basta o esquecimento não me venha com tormento de malmente me julgar. Se quiser tente ler-me com todos os sentidos...caso não queira não me encha com feios e vulgares ruidos que fará sobre mim. Que seja assim até o fim!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ODIN (WOTAN)


Já que o público quer ler sobre os deuses porque não começar pelo "Gerente"?!
Odin é descendente dos primeiros deuses. Buri, um ser de corpo perfeito e sabedoria grande, nasceu do gelo que existia no início de tudo e que alimentava a vaca Audumbla. Ela lambeu o gelo até que um dia derreteu o suficiente para que o deus Buri saisse de lá e de seu filho Bor, e da esposa deste Bestla (da raça dos gigantes) surgiram 3 deuses, Odin, Vili e Ve. Juntos construiram midgard (a terra dos homems). Odin separou os dias e as noites pondo o sol e a lua no céu e traçando seus respectivos cursos. Logo depois ele e seus irmãos criaram o homem dum freixo (árvore) e a mulher dum álamo (outra árvore).
Odin permaneceu 9 dias pendurado a Yggdrasil (a árvore que sustenta o universo) atravessado por uma lança para que pudesse dominar o significado oculto das runas e se tornou incrivelmente sábio e poderoso.

Odin desfarçava-se de velho viajante para andar entre os humanos

Do trono Hlidskialf do seu palácio em Asgard (terra dos Deuses), Gladsheim, Odin vê toda a imensidão dos nove mundos. Junto a ele sempre estão seus corvos Hugin (Pensamento) e Mugin (Memória) que sobrevoam o mundo durante o dia e trazem as notícias para seu amo à noite, e seus dois lobos Geri e Freki, estes recebem toda a carne que comem de Odin já que, apesar de receber oferendas, ele alimenta-se somente do hidromel produzido pela cabra Heidrun.

Odin em seu trono em companhia de seus animais

Odin possuía a habilidade de falar com seus animais, incluindo o seu cavalo de 8 patas chamado Sleipnir que era o mais rápido cavalo do universo. Este cavalo era filho de Loki, surgiu no episódio do construtor do muro de Asgard (o gigante desfarçado), quando Loki se transformou numa égua e atraiu o cavalo do construtor para uma floresta no intuito de atrasar a construção.Loki presenteou Odin com Sleipnir como um agrado para esquecer suas trapaças.
Do seu nome originou-se o nome wednesday (quarta-feira) já que pode se pronunciar woden (wotan). Seu filho mais velho, e mais famoso, é Thor. Uma das histórias mais famosas em que se envolve é na narrativa de Wagner chamada "O Anel dos Nibelungos" na narrativa germânica. Resumidamente Odin cobra o filho do rei Sigmund, o herói Sigurd (Siegfried no germânico), como pagamento por ter usado a espada forjada por ele, Notung (usada para vencê-lo mais tarde). Ele pretendia usar o herói para conseguir o anel sem que fosse quebrado um acordo feito por ele envolvendo o anel como pagamento.
Odin ofereceu seu olho como pagamento para o gigante Mimir para que pudesse beber do rio da sabedoria que regava as raízes de Yigdrasil e obter sabedoria já que a cabeça do gigante residia no rio. Sua arma era a lança Gungnir e ele possuía um anel, Draupnir que a cada nove noites outros oito anéis tão perfeitos quanto este brotariam do mesmo.
Imagem antiga de Odin e sua montaria, Sleipnir

Numa das narrativas os anões Fialar e Galar haviam matado o sábio deus Kvasir e feito uma bebida do seu sangue junto a outros ingredientes para obter de sua sabedoria. Era dito que aquele que bebesse tal bebida obteria o dom da poesia. Eles eram muito perversos mas acabaram por matar um casal de gigantes e no futuro próximo seu filho Suttung foi cobrar satisfações aos anões que deram a bebida em seu acesso de grande medo. Os deuses cobiçando tal bebida requisitaram de odin, ainda jovem, para obter o Hidromel do gigante e da guardiã da bebida, sua filha Gunnlod. Ele então interrogou os anões e fez com que os criados do gigante e de seu irmão Baugi se matassem brigando por sua pedra mágica de amolar. Acordou então com Baugi ceifar o campo em troca de uma taça de Hidromel e Baugi o levou até o esconderijo da bebida. A guardiã tentou resistir mas Odin a seduziu e bebeu três enormes taças do líquido indo embora em seguida. Foi perseguido por Suttung em forma de águia e se transformou no mesmo animal rumando para Asgard. Chegando lá soltou um grito de alerta para todos os habitantes, que apressaram-se a por jarras e potes pelas ruas onde, em três voltas inteiras na cidade, o deus emplumado regurgitou toda a bebida de seu estômago.

Suttung Persegue Odin À Caminho de Asgard

Odin encontrou seu fim no Rangarok ao enfrentar o lobo Fenris. Este o devorou numa só bocada e um dos filhos do deus, Vidar, adentrou a boca da fera e forçando sua mandíbula com os membros partiu a fera em duas!

Fenris Devora Odin No Ragnarok

Estações


Eu sou apenas uma pequena folha, que faz parte de uma grande árvore.
Um árvore com raizes fortes e tronco frondoso, galhos espessos e uma grande copa.
Sou pequena se comparada com minhas companheiras, que são mais bonitas e bem mais verdes que eu.
Estou em um pequeno galho, separada das demais, e as vezes me sinto triste por estar tão só, mesmo que seja no meio das outras.
O vento bate em mim, fazendo com que eu balance conforme sua dança, me tornando apenas desafortunado.
Mas eu sei, pelo menos eu tento ser, diferente.
Continuar mesmo que o vento me mande para trás, mesmo que a chuva, molhe meu corpo além do nescessário, mesmo que o sol maltrate minha alma.
Me sinto tão pequena, tão frágil, mas sentir isso, não me torna menos importante não é?
Só me torna mais difícil de ser notada aos olhos desatentos de quem observa a bela árvore.
Então eu olho para baixo, a queda é grande, mas passou-se apenas a primavera.
Percebo que tudo está mais difícil, o calor aumenta, preciso trabalhar mais.
Tanto para mim, quanto para minhas companheiras, e para minha dona, a árvore.
Sei que se eu não trabalhar, irá fazer uma grande diferença, que só será notada, se eu priva-los de minhas consciência.
Mas eu realmente sei? Realmente faria a diferença?
Se eu sumisse agora, se o vento me levasse para longe da árvore, se a forte chuva me arrancasse do meu pequeno galho.
Eu realmente faria a diferença? De todas as outras folhas, eu faria a diferença?
Não sei, sinto minha presença desnecessária e obsoleta.
Sou apenas uma pequena folha, deveria pensar mesmo assim?
Não me lembro, mas sei que devo trabalhar, não por mim, porque sozinho, não sou nada, devo trabalhar por elas, para a grande árvore e para quem nos olha.
Ninguém quer ver uma árvore feia, sem folhas e sem vida.
Querem apenas nos ver, mas sem prestar atenção, aproveitar de nossa sombra, sem perguntar pelo que passamos.
Devo ser assim, pelos outros? Afinal, não me notam, mas ainda estou ali, faço parte dali... Não faço?
Então fico pensativo, pensar tanto não faz bem, eu preciso trabalhar.
Então eu olho para cima, e vejo o sol escaldante, mas passou-se apenas o verão.
Alguma coisa começa a me incomodar.
Mesmo sendo eu, a menor das folhas, sinto isso.
Sou respeitada pelas demais, mas penso se a grande árvore não me dera uma maldição, sabe, ficar sozinha num galho fraco, ser apenas uma ligação não
pretendida. As vezes penso que sou abençoada, por poder olhar as demais, e admira-las, por todos os dias de minha vida.
Me sinto como o elo fraco, não sei bem exatamente o que eu sou, não sei se posso continuar, tanta chuva, tanto sol, tão pouco reconhecimento.
QUem sabe sou mesmo o elo fraco, algo que não deveria estar ali, algo que só aumenta a distancia entre a Grande Árvore e a perfeição.
Mas, eu também trabalho, mesmo com a chuva e sol, eu também trabalho, também admiro, olham para mim também, mesmo que não me notem no primeiro momento.
Achando engraçado o fato de eu estar sozinha e longe de minhas irmãs.
Mas me apeguei muito ao galho em que estou, ele pode ser fraco e um pouco feio. Mas, é o meu galho, quem me suportou durante esses meses, durante os momentos
difícies e até pode contemplar a mais bela vista que eu tenho.
Estou aqui, felizmente, sou o elo fraco, mas ainda sim, sou um elo.
Com o passar do tempo, sinto que a Grande Árvore não precisa mais de mim.
Mas porque? Está fraca demais para continuar aguentando? Nos levando em cima dela?
Ou ela se cansou de nós?
Vejo minhas irmãs caindo, ao meu lado, em direção ao chão. Todas belas, agora com uma aparência de morte, um pouco enegrecidas.
E foi assim, durante meses, perdendo uma após a outra. Perdendo quem nunca queriamos perder.
Todas tombaram, e eu percebi, que era a última na Grande Árvore.
Todos que passavam por mim, ficavam a olhar a Árvore, não por minha causa.
Ficavam a olha-la, para dizer como um dia ja foi bela e agora estava morta.
Não me notavam, apesar de eu ser a única folha, não me notavam.
Eu senti algo morrendo dentro de mim, pensei que Grande Árvore, iria durar para sempre, que iria ser perfeita para sempre.
Mas ela não era exatamente como eu pensava que era.
Meu galho, já fraco, e um pouco quebrado, quase tombando e me largando no chão, uma pequena folha, enegrecida pela dor.
E eu notei, da pior forma, que a Grande Árvore não era quem eu pensava, mas também notei, que eu era parte dela.
E no final, não sabia quem eu realmente era.
Nem sabia o que eu realmente fora.
Uma delicada brisa, me tirou do galho, fazendo eu ir lentamente de encontro ao chão.
Dali eu vi, que haviam muitas outras folhas que eu não conhecera, muitos outros galhos, quem nem se quer havia ouvido falar.
Gostaria de te-los conhecido.
Então eu fecho os olhos, e me sinto indiferente, mas passou-se apenas minha vida inteira.
Uma vida em que eu lamentei e refleti, em todos os momentos.
E foi quando a última brisa percorreu pelo meu corpo que eu percebi.
Que o inverno não chegaria para mim.

Por: Caio Barros.

Parabéns ao meu jovem amigo por esse belo escrito, é um prazer e uma honra estar postando isso aqui Caio!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Silly Words

O amor é uma coisa engraçada...quanto mais se alcança a graça mais ela se torna desgraçada. Tal qual vil metal dourado, que pelo homem é tão desejado, é problemático e valioso quando vem à tona, principalmente em tempo ocioso. Podemos achar ter tudo por beleza e luxúria em nossos lábios reluzirem e descobrirmos, ou não, que como na escolha de midas tristeza e solidão em nossos braços vivem.
"Faça dela a amante que pediu aos deuses e tudo será como sempre sonhou" disse-me o velho pigmalião. Infelizmente este não é um mundo onde se construa o amante como bem desejar. E quem disse que sabemos o que queremos? Pandora queria muito ver o conteúdo da caixa a qual desejou nunca ter visto. Talvez o verdadeiro amante se reproduza em Prometeu, nobre homem que padece de sua dor sem se arrepender das decisões tomadas. "Sigo o caminho que escolhi e sou feliz por sofrer por tal sina" Seriam essas as palavras dele? E as suas? Sofrer por amar é sua...minha sina? O amor sofre por si mesmo por não ser perfeito e por isso é perfeito companheiro do humano. O sonho pode ser real? Ou o real pode ser o sonho que se sonha junto e não se percebe? Perceba caro amigo, a intenção deste pobre escrito não é jamais responder ou confundir e sim apenas aludir um sentimento tão consistente e ao mesmo tempo tão intangível. Na verdade o amor é como a verdade, pertence a cada um de forma particular, assim é preferível acreditar enquanto ainda o tem. Quando não o tem apenas resta a desilusão e o desdém do que era um coração aberto ao amor.

domingo, 10 de janeiro de 2010

cavando seu próprio buraco

Já se sentiu como um alien? Sabe o que essa palavra quer dizer? Algo de que não pertence ao mundo de quem a esta usando. De fora daquele lugar e completamente deslocado. E agora? Se sente como um alien? Ainda não? Deixe colocar de outra forma. Pense colega...nosso tipo nasce num lugar e compartilha de tudo o que uma mãe invisível(?) está disposta a dar de bom grado sem pedir nada em troca. Nos dá comida, abrigo, companhia (humana ou não) e meios pra nos desenvolver-mos. Isso é ótimo não é? Te faz se sentir em casa em qualquer lugar que seja recebido assim mas isso te faz dono do lugar? Te faz parte dele? Entende-se que se você é tão bem recebido e integrado àquele lugar então você pertence a ele. Mas um cão continua sendo o melhor amigo do homem quando arranca sua perna a dentadas quando o pobre dono menos espera? Ah, não entendeu ainda...tudo bem, sou paciente e entendo a pouca capacidade da raça de perceber as coisas à sua volta, eu também sou assim! Mas imagine que você tem um bom cãozinho que te segue aonde você for e de repente ele quer cavar mais buracos para enterrar mais ossos do que ele mesmo precisa ou pode consumir.



Você acha absurdo mas suporta mesmo que isso destrua o seu jardim, afinal é o seu amado cãozinho não é? Um belo dia o chão do interior de sua casa esta com buracos de 10 metros e você sozinho tem que tapar esses buracos, o que leva dias, que o seu cãozinho faz em cerca de um ou dois minutos. Você vai conseguir impedir que sua casa seja destruída pelo pequeno cãozinho que você acolheu e alimentou a vida inteira? Acho que é só questão de tempo e logo logo você percebe que não tem o que fazer para impedir a destruição do seu lar então você pensa: "Não tenho coragem de sacrificá-lo então vou só aplicar um corretivo ou fazer ele enxergar que se o lar desabar ele não vai ter mais onde viver e quem o alimente" e é isso q vc faz. Mas o cãozinho é tão estúpido que continua a cavar os buracos e não só isso, toda vez que você tenta falar com ele ele te morde e te arranca um pedaço por vez. Te deixa mais lento, vai te deixando sem ter como se locomover ou se defender e você vai tomando medidas mais drásticas até que a situação acaba da seguinte forma...você decide sacrificar o cãozinho (que agora lhe parece monstruoso)
e o enterra nos mesmo buracos que ele cavou enquanto você, agora totalmente debilitado pelos ferimentos e pela destruição do seu lar, vai esperar uns loongos tempos até se curar e poder tentar reconstruir seu lar. Já sei, ainda não entenderam. Vamos colocar de um jeito bem óbvio. VOCÊ é o cãozinho. O dono é a TERRA e a NATUREZA. Os dentes e garras são os meios pelos quais VOCÊ depreda o lar que lhe foi concedido de bom grado e sem exigir nada em troca. Se acha justo então acho que não está certa a nossa classificação como seres humanos. Somos seres sanguessugas, ou qualquer outro termo que defina que somos apenas espécies de microorganismos no grande sistema universal da vida e que vivemos apenas sugando tudo quanto se pode, e principalmente tudo o que não se pode, até não restar nada e partirmos para o próximo local rico em vida para destruirmos novamente. Ou será que um dia nós é que seremos destruidos, durante nossa jornada de tentativa inútil de preencher o vazio que possuímos, por alguém que quer se manter vivo. Espero que sejamos impedidos ou então a natureza vai nos enterrar no mesmo buraco que estamos cavando nela.
E isso pode parecer realmente muito idiota e surreal pra você mas também é meio surreal alguém arrancar sua orelha por não conseguir pintá-la num auto retrato ou até reproduzir algo que criou o universo num laboratório. Vai saber né, cada um é cada qual e cada cão com sua raça. A minha é vira lata, por isso que assumo que sou do mundo e não o contrário...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Você Aprende

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendemos que os amigos mudam.
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Aprende que nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
E que realmente a vida tem valor e que VOCÊ tem valor diante da vida!


Willian Shakespeare

OBS: No caso de algum erro no título ou no texto de qualquer postagem podem fazer as correções que acharem apropriadas. Obrigado e aproveitem a leitura.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

As Valquírias


As valquírias eram deusas guerreiras que tinham a função de descer aos campos de batalha com seus cavalos alados levando as ordens de odin e dando vitória de acordo com o desejo do mesmo e para buscar as almas dos valorosos guerreiros e guiá-las até o Valhalla(palácio e forte dos guerreiros onde se resguardariam até o Ragnarok). Esses guerreiros mortos eram conhecidos como einheriar. Algumas mulheres de heróis vivos eram retratadas como valquírias. Supostamente as sacerdotisas humanas eram vistas como futuras valquírias.
As valquírias eram em 9 (apesar de eu só ter conseguido 8 nomes nas pesquisas que fiz): Grimgerde, Rossweise, Schwertleite, Siegrune, Waltraute, Welmwige, Freya e Brunhilde
Todas as valquírias eram filhas de Odin e sua amante Erda (divindade humana da terra, era deusa da sabedoria) e estavam sempre armadas com lanças. As mais famosas eram Freya (cujo nome significa "senhora") e Brunhilde sendo Brunhilde mais famosa do que a primeira. Ela é cidata inclusive na ópera de Richard Wagner "O Anel dos Nibelungos". Brunhilde e Freya recebem tamanho destaque que pode-se inclusive conseguir informações específicas sobre elas como algumas que citarei abaixo:


BRUNHILDE: Líder das valquírias. Desobedece as ordens do seu pai Odin e por isto ela é punida perdendo sua condição de deusa e tornando-se uma mortal, além de ter sido abandonada num castelo nas montanhas e cercada por uma parede de fogo pela qual apenas um herói poderia passar e despertá-la do seu sono mágico. Acaba tendo seu destino entrelaçado de forma sombria com seu amado e salvador Sigurd(Siegfried). Ambos acabam mortos pela maldição do anel de Andavari (Anel dos nibelungos).


FREYA: Em algumas fontes pode ser encontrada como a líder das valquírias mas como essa informação é encontrada em menor número é provável que seja um equívoco. Os vikings cultuavam dois grupos de deuses e Freya fazia parte do grupo de hierarquia menor chamado Vanir. Seu irmão, Frey, cujo nome significa senhor, fazia parte do mesmo grupo e ambos foram residir no convívio dos Aesir como parte duma trégua entre estes dois clãs, sendo firmado com trocas de refém de ambos os lados. Diz-se que Freya e seu irmão Frey possuiam o poder de incitar sexualmente qualquer um, porém o poder de Freya era maior devido o Brisingamen (colar mágico que recebeu de presente de 4 anões aos quais prestou deliciosos serviços de luxúria). Ela também era vista como uma divindade xamânica e da magia para os praticates da mesma. Sua montaria era um javali de batalha e ela possuia um manto de penas que lhe permitia transformar-se num falcão. Ela também foi entregue como garantia aos gigantes Fafner e Fasolt como garantia de pagamento pela construção de Valhalla a pedido de odin. Talvez pela transliteração da nomenclatrua nórdica confunda-se Freya com Idun, deusa da juventude, mas são deusas diferentes. Pode-se dizer que Freya é uma equivalente nórdica de Vênus(Afrodite).


Bom perdão por mais um post gigante e cansativo desses e perdão se houver algum equívoco de informações. Todas as informações que ponho a disposição são fruto de pesquisas nas quais tento conseguir o máximo de informação. E obrigado pela paciência dos que leram este post. Minhas saudações a todos!
 
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